De acordo com pesquisas, cerca de 80% dos adultos no Brasil terão ao menos uma crise de dor nas costas no decorrer de sua vida, e que 90% deles irão surgir mais de uma vez.
A lombalgia, o incômodo de maior frequência e que atinge a área lombar (que segue da última costela até o início dos glúteos), já é vista como a segunda causa de incapacidade de trabalho, bem como a maior razão de falta no serviço, produtividade baixa e de aposentadorias por doenças. E entre os causadores desses problemas está a hérnia de disco.
A nossa coluna é formada pela superposição de 33 vértebras que são ligadas do pescoço indo até o cóccix. Um tipo de disco separa cada vértebra. Fibrocartilaginoso, ele trabalha como um amortecedor ou colchão para proteger, quando consegue suportar o impacto das forças que agem nas costas e de oferecer a mobilidade, não deixando que os ossos toquem entre si. Esse disco possui bastante água, que diminui com o passar dos anos, fazendo ficar menos grosso e elástico. Esse desgaste pode fazer com que parte do disco se projete para dentro do canal da vértebra, tendo como consequência uma compressão da raiz dos nervos que saem da medula espinhal. É a hérnia, que pode surgir em qualquer região da coluna, mas ocorre com mais frequência na área lombar. Em geral, a saída do disco da sua posição acontece devido a traumas seguidos na coluna que vão, com o tempo, prejudicando a estrutura.
Costumes ruins
Segundo os especialistas, o sedentarismo ainda é uma razão que ajuda no aparecimento da hérnia. Há uma substituição de líquidos entre os discos e as vértebras estimulada pelos movimentos do corpo. Logo, se a pessoa passa sentada grande parte do tempo, além de causar muita tensão na coluna vertebral, essa troca de fluidos não acontece como deveria e aquela perda comum de água dos discos passa a ser acelerada. Isso provoca o aumento da possibilidade de dores, desgastes e desvios na área. Também, ficar esticado no sofá faz aumentar e muito a pressão feita sobre a coluna. Para entendermos melhor, um indivíduo de aproximadamente 70kg, sentado, sofre uma carga de aproximadamente 300kg nas costas. Já em pé, esse peso reduz 50%.
Os sintomas sã dores nas costas, na nuca e cabeça; mãos dormente; vertigens; enjoos; cansaço nos ombros ou nas pernas; nervos inflamados. Outro costume nocivo que atinge as vértebras é fumar. Os especialistas informam que o cigarro reduz a oxigenação que cerca os discos, deixando-os com menos resistência e elasticidade. O sintoma mais frequente da hérnia de disco é a dor localizada geralmente na área em que o disco intervertebral prejudicado ocasiona a compressão na raiz do nervo. Por exemplo, quando o nervo atingido é o ciático, as dores podem passar para uma das pernas e mudar a sensibilidade da região, ocasionando dormência ou sensação de agulhadas.
Cirurgia somente no final
A cirurgia somente é recomendada quando a pessoa não consegue sucesso com tratamentos pouco invasivos ou quando existe o risco da hérnia gerar sequelas mais sérias. Quer dizer, entre 5% a 10% das situações. Atualmente, existem diversos tipos de intervenções, desde tratamentos sem cortes e sem internação, até cirurgias mais complexas, com fixação da coluna e colocação de implantes de metal. Os especialistas já podem até utilizar a artroplastia para fazer a reconstrução do disco usando próteses, normalizando a movimentação da coluna. Mas, o mais usado é a microcirurgia para a remoção da hérnia através de mínima incisão nas costas realizada com microscópio ou com equipamento de vídeo. Nesta, os cortes são menores ainda e a recuperação não é demorada.
Diagnóstico
A hérnia provoca certos sintomas característicos, como dificuldade para andar, perda de tonicidade dos músculos, travamento da coluna, entre outros. Por isso, o diagnóstico é clínico, com base nas respostas do paciente e na análise feita por um especialista. Se for preciso, o médico pode solicitar também exames por imagem. Atualmente, a opção é a ressonância magnética.
Quanto às dores nas costas que não conseguem melhorar, o auxílio clínico e o diagnóstico certo são essenciais não somente para a recomendação de um bom tratamento como para distanciar a possibilidade de outras enfermidades que, assim como a hérnia, ainda comprimem os nervos, entre elas o câncer, reumatismos, problemas vasculares ou “bico de papagaio”.
Diagnosticada a hérnia, o tratamento é iniciado com a utilização de analgésicos e anti-inflamatórios. No estágio agudo, os especialistas ainda recomendam repouso total por cerca de três dias na posição que seja mais confortável. Passado esse período, várias vezes são indicadas sessões de fisioterapia ideais para cada caso.
Dicas Simples
1. Para as pessoas que ficam muito tempo sentadas de forma errada, o correto é que os pés fiquem apoiados para que os joelhos fiquem um pouco mais altos do que o quadril;
2. Evite ficar mais de 1 hora sentado. É essencial se levantar para que os discos intervertebrais se reidratem e fiquem em condições de aguentar as pressões novamente;
3.Ficar ao telefone e apoiá-lo entre o pescoço e o ombro é uma grande falha. Esse costume causa dor na cervical que com o tempo pode ser séria;
4. Ao pegar um objeto no chão, o certo é flexionar os joelhos e se abaixar;
5. Calçados altos ou baixos demais também não são os ideias e precisam ser confortáveis;
6. Introduza o costume de se epreguiçar. É um alongamento que faz soltar às estruturas das articulações e dos músculos;
7. E para finalizar, faça exercícios físicos. A musculatura forte oferece proteção a coluna vertebral.
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