terça-feira, junho 05, 2007

Linux o pingüim invade micros

Por: Wânia Caldas - Texto retirado do Jornal O POVO em 04/06/2007

Usuários domésticos, empresas privadas e órgãos públicos cada vez mais migram para os softwares livres, como o Linux. O acesso gratuito e a boa performance do computador são algumas das vantagens. Em especial, a economia. O sistema representado pelo simpático pingüim ofereceu, em 2006, uma economia de R$ 20 milhões somente para o Banco do Brasil.

Segurança, estabilidade, performance, gratuidade. Essas são algumas das vantagens enumeradas pelos que defendem o uso de softwares livres. E o Linux se destaca como uma excelente opção para usuários que optam por deixar de lado o Windows e os produtos desenvolvidos por empresas como a Microsoft e migram para esses sistemas. A transferência está ganhando adeptos entre usuários domésticos, empresas privadas e órgão públicos. O Banco do Brasil, por exemplo, divulgou uma economia de cerca de R$ 20 milhões em 2006, após adotar o software livre (que não exige pagamento de licença) em 65 mil terminais da instituição.

"É possível ter o Linux na máquina sem pagar nada e sem estar ilegal, como ficam os usuários que instalam uma versão pirata do Windows", explica Alexandre Muzzio, um dos fundadores do site TUX-CE (www.tux-ce.org), que reúne usuários de softwares livres. Para isso, é preciso baixar o programa pela Internet ou adquirir um CD. No caso das empresas, no entanto, Muzzio lembra que é preciso contratar pessoal treinado para dar suporte e manutenção.

René Vasconcelos, 25, que usa o Linux desde 2002 em casa e no trabalho acredita que a tendência é a popularização dos softwares livres. "O Linux é a melhor opção para quem trabalha com informática como eu e para os usuários domésticos. Toda mudança gera um certo desconforto mas as distribuições estão cada vez mais simples, como a brasileira Kurumin". Entre as vantagens, René, destaca a agilidade do computador, por causa da "leveza" do software e a segurança, já que a incidência de vírus é muito pequena. "O Windows trava e deixa as máquinas lentas, o que não acontece com o Linux", afirma.

Diferente dos softwares proprietários, esses sistemas permitem um ambiente colaborativo em que atualizações são compartilhadas entre os usuários. "Além disso, quando há atualizações, não é preciso trocar a máquina e ainda ganhamos velocidade", acrescenta Muzzio.

Apesar das facilidades e vantagens, Alexandre Muzzio alerta que existem algumas etapas a serem superadas pelos novos usuários. "Existe uma dificuldade natural quando já dominamos as ferramentas de outro sistema. É como aprender uma nova língua. O Linux faz as mesmas coisas que o Windows é capaz, mas de um jeito diferente. Instalar programas pode parecer difícil mas em pouco tempo o usuário aprende", finaliza.